sábado, 10 de abril de 2010

Uma grande aventura


Um certo dia, um rapaz chamado Luís viveu a maior aventura da sua, ainda curta, vida. Era um menino solitário e só se lhe conhecia uma amiga, a sua pequena cadelinha Puma que o acompanhava para tudo quanto era sítio. Tinham uma relação quase familiar e entendiam-se através de um pequeno olhar. Era um animalzinho frágil, mas muito corajoso e não recusava uma aventura.
As férias iam já longas e decidiram aventurar-se pela floresta abandonada. Poucos eram os que demonstravam tanta coragem. Contavam-se história de pessoas que lá tinham entrado e de quem nunca mais se ouviu falar.
Preveniram-se e levaram umas pequenas armadilhas para animais indesejados, uma máquina fotográfica para registar os melhores momentos e utensílios a usar na pesca e na caça.
Caiu a noite e o Luís decidiu que tinha chegado a hora de arranjar o que comer. Optou por ir à pesca, uma vez que adorava peixinho. A pesca foi generosa e, ao fim de uma hora, o jantar estava preparado. Durante a refeição, talvez por causa do cheirinho delicioso, aproximou-se um macaco. Assustaram-se! Aquele animal era enorme e eles sentiram-se indefesos, contudo, o macaco parecia simpático e não tinha um aspecto ameaçador. A Puma sentia-se feliz na presença de mais um amigo, saltava, brincava, corria… Mas o pior acontecer… a Puma caiu numa armadilha de caçadores e o pânico instalou-se.
- Não te assustes – disse o macaco.
- Mas tu falas a língua dos humanos! Como é possível?
- Eu não sou um macaco, sou um príncipe enfeitiçado pela bruxa desta floresta! Mas isso agora pouco interessa, temos que ajudar a Puma!
Começou a ouvir-se um barulho assustador, pareciam, e eram mesmo, gritos de uma tribo! Queriam comer a Puma!!! Que desgraça!...
Só restava uma solução. O príncipe enfeitiçado correu a pedir ajuda à família de macacos que o tinha recebido. Era uma família grande e poderiam dar uma ajuda preciosa.
A guerra começou! Muitos macacos morreram, mas após várias horas de combate, conseguiram que a tribo recuasse. Soltaram a Puma e voltaram para casa com o novo amigo. Esconderam-no na garagem na esperança de descobrir como quebrar o feitiço. Entretanto, viveram unidos e felizes.

Luís Câmara

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